A grande estrela dourada, do nascente
(No douro que aos poucos se agiganta),
Faz do orvalho um rico manto, de repente:
Grácil e iluminado... Uma obra santa!
...Quando do céu cai uma chuva fina
(Até parece de ele estar jorrando ouro):
Cascata viva, amarelo-purpurina
Recebida pelos pássaros, em couro
Enquanto isso, certo matuto,
Desses que não entendem nada
Põe seus joelhos sobre o solo bruto
E, a contemplar toda a natureza,
Numa oração muito atrapalhada,
Agradece a Deus... Há rara beleza!
Loritz Sanvi (Cânticos da alma)